Olhos acima dos muros das casas
Não veem os sonhos
Amontoados nas ruas
Perdidos nos caminhos
Dos passantes viventes.
Os mesmos olhos condenam a superfície
Que não desce onde
Habitam sombras e dúvidas.
Os olhos acima dos muros
Fecham a boca por trás da garganta,
Ressecando a saliva da solução,
Do grito de libertação.
Ecoam versos em linguagem
Onde não há censura,
E apenas retomam sua posição
Nos olhos
De uma janela.
EMenezes
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