Sou a face explícita

26 abril 2011


Onde é o lugar dos que se salvam?
Por que tantas pessoas saem para trabalhar, viajar, estudar, lazer e não retornam ao lar?

Por que:

Aviões estraçalham no ar, explodem na terra, desaparecem no mar e matam sonhos, ascensões, projetos, vidas preciosas.
Terrorismo, seres que desconhecem a natureza humana, que deveriam ser dotados de razão e não fanáticos que atuam em causas de lunáticos. Matam pessoas inocentes, depois se matam em nome da ignorância, da estupidez.
Trens que descarrilam se chocam com outros, tragédia.
Veículos usados como armas, cada vez mais velozes e letais, matando pessoas a cada segundo no mundo.
Tornados, furacões, maremotos, vulcões adormecidos que despertam com fúria, placas tectônicas devastando cidades e com elas muitas vidas.

E a sociedade como um todo?

Poder, homens comparados aos terroristas, lunáticos com ambição desordenada passaram a desconhecer a ordem natural da vida, movidos pelo impulso de comando, autoridade máxima, acreditam serem deuses e imortais e a sociedade terá sempre um preço a pagar por isso.
Suicídio, o caos emocional habitando a mente humana determinando seu final. Jovens, homens, mulheres, ricos, pobres, muitos têm vivido em obscuridade e mergulham no precipício como salvação. Leiam sobre "funcionários da France Telecom".
Quatro anos atrás, rua paralela a minha, um homem de 30 e poucos anos se joga na frente de um veículo, estava a poucos passos do ocorrido. Fui até ele e fiquei até a chegada do socorro, teve morte cerebral, soube no dia seguinte.
Um jovem de 18 anos se enforcou, dizia estar apaixonado pela filha de uma amiga. Nós duas soubemos depois que ele sofria de transtorno bipolar. Os pais? Em outra cidade, ele morava com um primo e não fazia acompanhamento médico.
31 de março agora, eu estava saindo do caixa eletrônico de um shopping quando ouvi um estrondo, olhei assustada para trás, a poucos passos de mim o corpo de um rapaz (soube depois, 26 anos). Jogou-se do terceiro piso. O socorro chegou rápido, mas receio que ele não tenha resistido.
Crimes banalizados, sem controle, bandidos matam por um celular, um tênis, ou simplesmente porque sentem impulso de matar, vivem sem regras, sem leis, desconhecem o vínculo seio familiar e se tornam bestas a margem da sociedade, o apocalipse é aqui, agora, são estas bestas vivendo entre nós, corroendo nossa sociedade, matando famílias. Não temos quem possa nos proteger, pois as bestas no topo do poder se omitem, é cada um vivendo apenas para masturbar o poder esperando o orgasmo imoral, pela omissão de suas obrigações com a pátria que deveriam honrar.
Pedofilia, meu horror é tão grande que não descreverei nada em relação, a não ser o tipo de punição que julgo merecido, como no passado em algumas culturas, serem apedrejados até a morte.
Desigualdade social. Pais que saem para o trabalho, sacrificando a estrutura do lar porque se tornam ausentes e lutam como feras e entre feras quando se trata de sobrevivência. Trabalham exaustivamente, alguns recorrem a trabalho extra porque não conseguem pagar todas as contas do mês, muito diferente da elite que come caviar, vive em mansão e carro blindado. Ninguém tem culpa da própria origem, mas as bestas do poder teriam por obrigatoriedade buscar recursos para inclusão de benefícios as famílias menos favorecidas, como alimentação, saúde, lazer e educação. Bolsa “faminta” não paga por alimentos com Ômega 3, cálcio e tantos outros alimentos necessários para qualidade de vida. Saúde, lazer e educação nem questionarei, já chega o blá blá blá tão notório dos representantes do apocalipse.
Vesânia, a insanidade mental entre nós, pode estar dentro de casa, na casa ao lado, em frente, como um colega de trabalho, tramando, premeditadamente ou não, mas chegando a matar, punindo seres inocentes. Exemplo recente a atrocidade na escola do Rio de Janeiro, crianças puras, vidas rompidas cruelmente, quanta dor sofreram as crianças, que dor todos nós sofremos por elas.
Em alguns casos a imprensa divulga os assassinatos, como um caso em Los Angeles em 2009, marido mata esposa, cinco filhos e suicida. Caso recente na França, marido está sendo procurado, encontraram a esposa e os quatro filhos enterrados no quintal da casa, mas nem sempre sabemos o quadro mental do (a) assassino (a), se foi desespero chegando ao estresse ou sociopatia.
Pais que jogam filhos de edifícios, que os esquecem trancados dentro do carro, acorrentam como animais, deixam a mercê até morrer de fome. Filhos que matam seus pais por ambição ou em poder das drogas. Seres dissimulados, não são doentes, são cruéis, corpos vazios, sem alma.

Comprometimento social

No passado a palavra bastava, era honrada. Hoje a omissão, a mentira como afirmação, a hipocrisia, a ironia que são denominados diplomacia, e finalmente assinatura somente com identidade, CPF e antecedentes criminais.
É um quadro triste, que dói, maltrata meu ser, mas real, tão real como assistir a cenas de dinheiro na cueca, sala de safadeza em órgão público, cofre público com pilhas de dinheiro para mimos de seus funcionários.
Ninguém mais é fidedigno de nada, nos tornamos “corpus alienum” em nosso próprio mundo.
Meu imenso respeito e solidariedade aos familiares que perderam seus entes queridos em tragédias.

E. Menezes

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