Sou a face explícita

27 março 2011

Filhos orfãos de pais vivos.

Tenho uma obra dos céus com quase 16 anos que é minha alegria, o ar que respiro, a dádiva mais perfeita dos confins da terra.
Por ela eu sempre moverei o que for preciso para sua sobrevivência e bem estar. O maior bem que deixarei para seu futuro é o poder de saber perdoar, de saber doar-se e confiar sempre em si mesma.
Deus sabe como sinto por ela não ter a presença do pai, por ele não saber a preciosidade da existência da menina-moça tão inteligente, dedicada, amorosa, meiga, precocimente madura, de uma humildade inigualável.
Creio que existem muitos filhos assim, filhos orfãos de pais vivos.
E quanto a nós que somos mães, nos desdobramos para cumprir com êxito a parte do papel que caberia a eles. Não podemos ser pai e mãe ao mesmo tempo, como a expressão de física menciona, dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, portando fazemos tudo a medida do possível para reparar nosso erro na infeliz escolha do parceiro, do que não teve a capacidade de ser pai.
Enquanto isso as mulheres que estão sozinhas como eu, vamos parafusando, limpando caixa de gordura, desmontando e montando aparelhos, enfim  fazendo reparos caseiros, sem a a expressão:  "bem" a pia entupiu, "bem" tem que trocar a lâmpada, "amor"
empurre, levante isso ou aquilo, está pesado.
Abençoadas sejamos todas nós grandes mulheres que enfrentamos com garra e muita fibra todas as responsabilidades que de dois se tornou um.


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