Sou a face explícita

07 agosto 2008

Relatando...

Hoje dia 07/08 estive as voltas com três casos que quero relatar.
O primeiro foi em frente a um hospital no Santa Efigênia, uma garota de 17 anos com a mãe, ela grávida, entrando no nono mês de gestação, teve dores fortes e procurou atendimento na parte do SUS do hospital, preocupada perguntei porque ela chorava tanto, o atendimento foi a questão, a médica ginecologista segundo ela me contou, disse que iria descolar a bolsa para ver se estava para dar a luz, no toque ao introduzir a mão, a menina sentiu muita dor e ao levantar-se constatou que estava sangrando, a médica disse que ela podia ir embora, ainda não estava na hora e já foi chamando a paciente seguinte. A mãe da menina estava indignada, arrasada com o atendimento, sugeri que procurassem o hospital Odete Valares em função do sangramento.
Segundo caso foi uma senhora de 72 anos com dificuldades para andar, ela estava a minha frente para atravessar a rua Ceará seguindo em direção a maternidade Otaviano Neves saindo da praça da Santa Casa, não existe sinalização e a visão é terrível, ela não viu carro e estava atravessando, mas de repente surgiu uma moto, eu a puxei pelo braço, assustada ela agradeceu, perguntei se estava tudo bem e ao caminhar ao lado dela percebi a dificuldade que tinha para caminhar, estava indo buscar a filha que teve alta na maternidade, não havia mais ninguém para fazê-lo naquelo momento, deixei-a na entrada da maternidade, segui meu curso. Cerca de meia hora depois fui a Secretaria de Saúde verificar se um medicamento havia chegado.
Nesse intermédio, chegou um senhor bem humilde, educado e pediu à atendente informação sobre o medicamento prescrito na receita dele, ela olhou e disse que não entendia a letra do médico, passou para a colega ao lado que repetiu a mesma coisa, sempre sou intrusa, pedi licença para ver a receita, o nome do medicamento é Captopril, para hipertensão e outros, bem, elas que têm a função específica deveriam saber ler e (traduzir) receituários, bem sei que alguns médicos ficam a desejar na escrita, porque se intitulam médicos, claro, enfim, disseram que a Secretaria não trabalha com esse medicamento, em seguida o sr. pergunta pelo medicamento seguinte, puxa, mesma coisa, mas dessa vez ela disse de imediato, não temos, perguntei a ela, qual medicamento? Ela sei que bem irritada e muito sem jeito respondeu, bem, não entendi a letra, perguntei, então por que afirmou categoricamente que não tem o medicamento se você nem sabia qual era? Reflitam: !!!!!
O medicamento é uma pomada para micoses, Ocerol, também não tem na Secretaria Saúde, mas informei ao senhor que nos postos de saúde ele encontraria ambos, o primeiro em sua classificação e o segundo um similar ao Ocerol, possivelmente.
Terceiro, já retornando para casa vi uma senhora tentando subir no ônibus com a maior dificuldade, ninguém para ajudá-la, parei, segurei a enorme sacola pesada que ela carregava, ela comentando comigo que estava com cirurgia recente do coração, além da obesidade que já não a ajudava muito, interessante como ninguém mais se importa com o que acontece a frente dos próprios olhos.
As coisas estão acontecendo, não podemos ficar imunes a isso, é nosso responsabilidade ajudar, não perdemos boas ações, isso é nobreza, nos dá dignidade e a recompensa é a melhor, o sorriso e muitas vezes um abraço muito afetuoso. Ah, como durmo feliz!
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