14 setembro 2008
Pirâmide

Sozinho no monumento dos séculos
Consulto meu cérebro
Eu sou tudo que foi, que é e que será.
Da minha cabeça a vida sai armada.
Todas as coisas pensam em mim por mim, contra mim.
Meus olhos convergem para todas as coisas
Que de todos os lados convergem para mim.
Personagem de enigma
Sou em quem segura a água, a terra, o fogo e o ar.
Julgando tudo e todos eu me julgarei.
Murilo Mendes
Poesia do amor
Amas igualmente
Amor plácido, amor vil
Solicite a poesia pueril
Das manchas dos séculos
Cravadas na memória.
Amas igualmente
Amor de seu substrato
Amor intrínseco
Do elevado espírito.
Amas,
Sem prescindir as chances
No sestro do sentimento
Mas amas por igual
O amor,
Que seja ele o seu, o meu
O nosso amor.
ElianeMenezes
Amor plácido, amor vil
Solicite a poesia pueril
Das manchas dos séculos
Cravadas na memória.
Amas igualmente
Amor de seu substrato
Amor intrínseco
Do elevado espírito.
Amas,
Sem prescindir as chances
No sestro do sentimento
Mas amas por igual
O amor,
Que seja ele o seu, o meu
O nosso amor.
ElianeMenezes
Origem
Nascemos e perigrinamos por extensos caminhos. Aprendemos a pensar, falar, visualizar e atuar. Coordenamos movimentos diversos, conquistamos e perdemos.
Na batalha conduzida que somos, deixamos de entender à ação. Somos sem dúvida a flecha atirada ao universo, procurando um alvo.
Automatos atuantes em uma máquina giratória, compostos de artérias e veias, desconhecemos a origem do ser, seus hábitos assemelham-se a necessidade da máquina, conectá-los e desconectá-los.
Somos viajantes perdidos em um espaço de orgãos, metafísica, ciência e lei, não somos nós mesmos dentro do que deveríamos habitar, somos condutores de energia que impulsiona essa máquina vida a manter-se ativa, não importando seu estado absoluto, sua necessidade, temos que movê-la. Perdemo-nos entre nós mesmos, aprisionados no plasma da evolução, agimos involuntários as nossas vontades, desencadeando lágrimas e decepções. Assim avançamos no tempo, famintos de nós mesmos, conspirando contra nossos próprios desejos.
A memória adquire conhecimentos intelectuais, ampliando seu espaço matéria, para adaptar-se a solidão.
O vínculo verdade se rompe com a realidade, será a celebração da desigualdade, pois o elo é a ambição.
Mas o céu se rebelará, irá chorar por sobre essas extensas sucatas humanas, devoradoras delas mesmas. Irá então a carne vermelha ceder lugar a ferrugem que em algum tempo no universo foi chamada de feto, o mesmo que um dia reinou no paraíso com a forma humana e foi chamado de homem.
ElianeMenezes
Na batalha conduzida que somos, deixamos de entender à ação. Somos sem dúvida a flecha atirada ao universo, procurando um alvo.
Automatos atuantes em uma máquina giratória, compostos de artérias e veias, desconhecemos a origem do ser, seus hábitos assemelham-se a necessidade da máquina, conectá-los e desconectá-los.
Somos viajantes perdidos em um espaço de orgãos, metafísica, ciência e lei, não somos nós mesmos dentro do que deveríamos habitar, somos condutores de energia que impulsiona essa máquina vida a manter-se ativa, não importando seu estado absoluto, sua necessidade, temos que movê-la. Perdemo-nos entre nós mesmos, aprisionados no plasma da evolução, agimos involuntários as nossas vontades, desencadeando lágrimas e decepções. Assim avançamos no tempo, famintos de nós mesmos, conspirando contra nossos próprios desejos.
A memória adquire conhecimentos intelectuais, ampliando seu espaço matéria, para adaptar-se a solidão.
O vínculo verdade se rompe com a realidade, será a celebração da desigualdade, pois o elo é a ambição.
Mas o céu se rebelará, irá chorar por sobre essas extensas sucatas humanas, devoradoras delas mesmas. Irá então a carne vermelha ceder lugar a ferrugem que em algum tempo no universo foi chamada de feto, o mesmo que um dia reinou no paraíso com a forma humana e foi chamado de homem.
ElianeMenezes
Assinar:
Postagens (Atom)