
As gotas prateadas que do céu vertem, me chamam.
Num gesto desmedido concedo meu corpo à chuva.
Ela me concede asas...
Declina por minha face resvalando meu corpo e como um fluído invisível me penetra, lavando minha alma embriagada de sentimentos.
Uma ternura indefinível devolve-me o momento em que te vi.
Declina por minha face resvalando meu corpo e como um fluído invisível me penetra, lavando minha alma embriagada de sentimentos.
Uma ternura indefinível devolve-me o momento em que te vi.
Através de teus olhos trouxeste-me um anjo, que me falou por tua voz.
O céu fala pelo rumor da chuva.
Compreendi, então, a sensação de voar.
Momento eterno...
Minha alma extasiada pela melodia da chuva, alada, desatada do corpo que responde agora ao frescor das gotas, te encontra.
Minha alma extasiada pela melodia da chuva, alada, desatada do corpo que responde agora ao frescor das gotas, te encontra.
Deleita-se com teus beijos, acalenta-se em teu abraço.
O amor da alma prevalece sobre o desejo do corpo.
E quem não o compreende o chama de ilusão...
Se deixasses nessa hora falar o meu olhar...se ouvisses o murmúrio do meu coração, entenderias a persistência de cada gota ao percorrer o extenso caminho, até que beije a grama.
Se deixasses nessa hora falar o meu olhar...se ouvisses o murmúrio do meu coração, entenderias a persistência de cada gota ao percorrer o extenso caminho, até que beije a grama.
Não terias medo do universo em teu coração.
Quase nem palavras me restam, para mostrar o que há em mim.
Quase nem palavras me restam, para mostrar o que há em mim.
Com que versos descrever esse amor, que vem de uma linguagem tão distante daqui ?!
Como ilustrar que quem te amou foi meu coração ?!
Como a chuva que nasce silenciosamente no ventre da nuvem, nasceste comigo.
Como a chuva que nasce silenciosamente no ventre da nuvem, nasceste comigo.
Eras um sonho, um segredo que hoje fez com que meu coração, recanto pequeno demais para abrigá-lo, compartilhasse com os céus.
Agora és o anúncio que meus olhos espalham...
Agora és o anúncio que meus olhos espalham...
Como a chuva prenuncia as dádivas da vida.
O estalar dos pingos explodindo no chão mistura-se as batidas do meu coração, que solitário, toma todo o som como saudade.
O estalar dos pingos explodindo no chão mistura-se as batidas do meu coração, que solitário, toma todo o som como saudade.
Não sei se o céu está chorando, ou se meu amor se purificando e libertando...
(Autor desconhecido)
Parabenizo, lindo poema.