Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,Que uma grande esperança malograda.
O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.
Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa que sonhamos,
Toda arreada de dourados pomos,
Existe, sim; mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos,
E nunca a pomos onde nós estamos.
Vicente de Carvalho
Um comentário:
Poderosa!!!! Que glamour!!!
Eliane, que poesia maravilhosa, confesso que não conhecia nem o autor, dei uma olhada pra saber sobre ele. Só você mesma, remexando baús, rsrs, ama poesia.
Amei os sapatos, chique bem!
Beijos
Cláudia
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