Sou a face explícita

06 julho 2009

Vertigem

A degradação se infiltra nos poros do mundo, liberando as imundícies da terra que se arrasta em desventuras.
Emana a violência, favorecendo a força sobre a fraqueza.
Se vê o céu de concreto, superficial, mantendo em seu domínio
Serpentes que desenrolam-se em forma de arco-íris, eis que é a perdição.
Surge a mancha negra que se forma em pensamentos,
Deixando que as estrêlas elétricas iluminem em fogo a superfície do papel,
Onde haveria uma tal poesia.
No silêncio do que se desejou,
Aprisionamos a imaginação, dentro de um vácuo de vertigem,
Expelindo em palavras, pedras que formam muros,
Que agora negam os passos da esperança.
Distante do muro, existe a espera,
Da formação do homem que cospe a pedra,
Libertando de si mesmo.
Tudo retomará seu espaço,
Alterando a composição de um falso universo,
Para finalmente sustentar o mundo e
Desobstruir seus poros.
EMenezes

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