Sou a face explícita

14 setembro 2008

Origem

Nascemos e perigrinamos por extensos caminhos. Aprendemos a pensar, falar, visualizar e atuar. Coordenamos movimentos diversos, conquistamos e perdemos.
Na batalha conduzida que somos, deixamos de entender à ação. Somos sem dúvida a flecha atirada ao universo, procurando um alvo.
Automatos atuantes em uma máquina giratória, compostos de artérias e veias, desconhecemos a origem do ser, seus hábitos assemelham-se a necessidade da máquina, conectá-los e desconectá-los.
Somos viajantes perdidos em um espaço de orgãos, metafísica, ciência e lei, não somos nós mesmos dentro do que deveríamos habitar, somos condutores de energia que impulsiona essa máquina vida a manter-se ativa, não importando seu estado absoluto, sua necessidade, temos que movê-la. Perdemo-nos entre nós mesmos, aprisionados no plasma da evolução, agimos involuntários as nossas vontades, desencadeando lágrimas e decepções. Assim avançamos no tempo, famintos de nós mesmos, conspirando contra nossos próprios desejos.
A memória adquire conhecimentos intelectuais, ampliando seu espaço matéria, para adaptar-se a solidão.
O vínculo verdade se rompe com a realidade, será a celebração da desigualdade, pois o elo é a ambição.
Mas o céu se rebelará, irá chorar por sobre essas extensas sucatas humanas, devoradoras delas mesmas. Irá então a carne vermelha ceder lugar a ferrugem que em algum tempo no universo foi chamada de feto, o mesmo que um dia reinou no paraíso com a forma humana e foi chamado de homem.

ElianeMenezes

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